sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010

La voglia di non ragionare ma vivere
sempre disposto a rischiare e ridere
Riderne la gioia di quest'attimo
Senza pensarci troppo solo gustandolo,
Le stesse storie e quei percorsi che non cambiano,
Quelle canzoni e le passioni che rimangono:
Semplicemente non scordare

Zero Assoluto - Semplicemente

Sucesso. Comprometimento. Amigos que ficaram. Outros nem tanto. Dizer adeus novamente. Recomeçar. Separar o que realmente vale daquilo que não tem valor algum. Amigos presentes. Eterno aprendizado. Mãe. Pai. Irmãs. Família. Casamento. Dizer até logo. Acostumar-se com ausências. Italiano. Quase o fim. Gente que vale a pena. Gente que não vale nada. Manhãs de sábado ensolaradas. Dormir querendo não acordar. Fanny Ardant ♥. USP. Telefonemas de madrugada. Silêncio. Vazio. Reencontro. Tranquilidade. Sensação de dever cumprido. Trabalho. Muito. =]. Saber que vai passar. Noia. Xadrez. Bebê. Gratidão. "Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?" Mas não. Nunca. Ser do tamanho daquilo que se vê. Pessoa. Tentar sempre ser melhor. Primeiro eu. Portas abertas. Coração também.

Que venha 2011 e que ele traga coisas/pessoas/sentimentos tão bons ou melhores que 2010.
Para mim e para todos vocês. =]

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Antes eu achava que não era possível, agora eu sei que é possível e que é real. Bem real.

"Loneliness, is such a sad affair."

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"Quando você faz a minha carne triste quase feliz."
Zeca Baleiro

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Da ausência

"Creio sem crer, como um condenado."
Fazes-me falta - Inês Pedrosa


Para A. que nunca estará longe o bastante e jamais deixará de faltar.

Quase esqueço o teu rosto e procuro presto uma fotografia para me recordar. Fato. Pouco me lembro do teu sorriso e de como seus cabelos ralos se armavam devido ao laquê que insistia em usar. Assusto-me ao pensar que já são quase dois anos. Dois. Duas merdas de anos em que não ouço nem um tracinho da sua voz cantando nossa canção. Ainda dói como se fosse hoje. Ninguém comenta. A dor é coletiva. E não se expurga. O difícil não é viver, é continuar. Continuar todos os dias sabendo que sem você inexiste a mínima perspectiva de melhora. Depois do pico sobra-nos apenas o inevitável vale. Queda bruta e desenfreada.
Esqueço o teu rosto, o teu cheiro, o teu toque e tenho ganas de me mortificar por isso. Tantas coisas piores, tão melhores para se esquecer e por que, então, despedaço-te dentro de mim? Eu que desejei te guardar inteira cá dentro. Eu que jamais deixaria a tua morte te levar de mim, agora procuro fotografias para te lembrar. Quantas vezes é possível uma pessoa morrer? Em mim você morre todos os dias porque é sempre a mesma dor. Ainda que eu sorria, compre livros e beba cerveja em dias de calor. Há em mim uma parte que se mata toda vez que se lembra da tua ausência. Infelizmente não é suficientemente forte para que seja uma parte pelo todo. Por isso resto. Entre silêncios, falta de ar e fotografias. Choros secos, vida seca, vazia.
Sinto falta do teu colo, do esmalte perolado, do abraço e do silêncio que jamais existia. Sinto falta de você. E do que pude ser.