tag:blogger.com,1999:blog-46149671963411104572024-02-08T12:02:33.242-03:00"Os dragões não conhecem o paraíso"Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.comBlogger214125tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-84169605216067245342013-06-24T19:17:00.005-03:002013-06-24T23:42:36.570-03:00Para Gustavo<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
É a primeira vez que te escrevo, pequeno. Eu que tenho ensaiado formas de dizer aquilo que ainda não sei. Eu que tenho sentido o que jamais pensei. Olho para você e tenho ganas de chorar copiosamente, ainda que eu não saiba o motivo. Teus olhos pequenos, teus dedos longos que agarram minha mão e eu quase suplico para que não solte. Uma vida possível que deixa de ser se você não está. E sou incapaz de supor, menino, o quanto ainda hei de te amar, o quanto ainda você há de crescer em mim. Você que ocupa todos os espaços, teu sorriso pequeno, teus olhos miúdos e o meu mundo cheio de amor. Um amor delicado, com bordas contornadas, tecido do que melhor eu tenho para te oferecer. E cresce. Cresce em mim como a fé nos desesperados do poema de Vinicius. Cresce, cresce negando qualquer lei da física, extrapolando qualquer limite, tendendo ao infinito. E embora cresça assim, sem controle, de modo exponencial, não me dá medo, ao contrário, me conforta. Teus olhos, tua boca sorrindo para mim, seu bracinhos se abrindo, você, meu pequeno rapaz, é onde meu coração resolveu morar.</div>
Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-68744848606872551552013-03-25T21:52:00.000-03:002013-03-25T21:52:08.449-03:00"When you lose something you cannot replace"<div style="text-align: justify;">
Alguns amores vão morrendo aos bocadinhos. Ou talvez todos morram assim. A pessoa vai aos poucos perdendo um espaço que você reservou a ela com tanto apreço. Embora no início tente-se brigar contra isso, segurando tudo o que se despedaça enquanto se faz um grande esforço para recolocar o que foi quebrado no lugar original. Você se sacrifica, abre mão de ideais que concorda para que tudo fique no lugar. Vai adiante e se esforça ao máximo sem saber que alguns amores não são feitos para durar, nem aqueles que foram construídos no ventre familiar. Principalmente esses. Porque outras pessoas entram no jogo, no segundo tempo, e disputam um sentimento o qual não lhes foi confiado, que não deveria ser disputado, que é particular demais, venal demais para que alguém de fora queira se intrometer. Nesses momentos alguns amores vão morrendo aos bocadinhos. Quando a tua palavra é colocada em xeque. Quando você se mantém em silêncio para não causar impacto. Quando manter distância é o melhor remédio. Assim, desse modo, alguns amores vão morrendo. Aos bocadinhos. E de parte em parte, de montante em montante, vai-se perdendo o que era tão importante. Você prefere deixar de intervir, de participar e começa a assistir de longe, porque de perto dói mais do que se pode suportar. E as palavras não podem ajudar a reconstruir. Quando esse amores vão morrendo pelo inexorável tempo, e você pode vê-lo escorrendo pela mão. No momento em que se percebe que não é possível voltar, retomar do zero, e se é, então, obrigado a caminhar em meio a tantas barreiras, essas que vamos construindo a cada vez que um bocadinho se perde, nesse ponto você se dá conta que não importa quem esteja ao seu lado, porque estamos eternamente sozinhos e intermitentemente acompanhados a observar os amores que vão morrendo aos bocadinhos sem que possamos algo fazer.</div>
Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-44685806828519020992012-12-13T02:44:00.000-02:002012-12-13T03:45:45.050-02:00Amores que a gente enterra<div style="text-align: justify;">
É, querido, a gente erra. Divide a vida, o choro, o canto, o gozo, depois percebe que é uma furada sem fim e não se reconhece mais ali. Não dá para embarcar na onda se você esqueceu o pé de pato, assim você se afoga. E a gente, meu bem, a gente se afogou. Eu não te reconheço mais, você não é o mesmo, ou foram só as lentes dos óculos que eu troquei? A verdade é que você não sabe ouvir verdades, e gosta mesmo de quem te conta mentirinhas enquanto dá tapinhas em tuas costas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tô saindo fora. Deu para mim.</div>
Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-87812699488159605412012-12-06T03:24:00.002-02:002012-12-06T03:31:47.719-02:00Âncora<div style="text-align: right;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">para L.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando você era apenas uma pequena perspectiva na barriga da tua mãe eu já te chamava de irmão. Depois, quando você nasceu, crescemos e dividimos uma vida unidos por esse amor fraternal. Foi contigo que eu dividi a melhor parte da minha infância. Jogando futebol na garagem do prédio, fazendo pipa e empinando na praça, indo pro clube jogar bola. A vida se abria em infinitas possibilidades e eu chegava mesmo a acreditar que poderíamos tudo. Éramos pequenos mas em nosso sonhos navegávamos o mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em algum momento, no entanto, a tua embarcação se afastou da minha. Da de todos nós. E não poucas vezes tentamos te trazer de volta, mas tal qual no poema da Ana C. o velame nos fugia e era impossível sirgar. Você voltava, voltava sempre, mas era cada vez menos você. Com o tempo, deixou de ser o menino chorão com quem passei a minha infância. E embora olhos ainda fossem de menino, teu corpo era de homem grande. Foi como homem formado que você saiu pelo mundo, indo cada vez mais pra longe da gente. Como homem de barba é que se perdeu nos caminhos e não conseguiu voltar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia, quis você, assim como Ulisses, ir além dos mares que podia desbravar e se perdeu de nós. Agora tecemos a manta que há de te enrolar quando chegar o momento do teu regresso. Por toda essa tormenta só você pode passar. Domar o teu barco. Amansar o teu mar. Mas eu te lembro, meu caro, que aqui na beira da praia, além-mar, também vivemos a fúria das águas, sofremos a ressaca que destrói de modo impiedoso todos os desenhos, as castelos e as ilusões que construímos na areia. Para você e para nós. É hora de recomeçar. Fincamos bandeira no chão e se quiser, quando voltar, podemos nos tornar o Porto que acolherá o Homem. Sem âncoras. Sem amarras. O Porto no qual você poderá desfrutar da liberdade, sem, no entanto, se perder no mar, se ausentar de nós.</div>
Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-8100223647739659542012-11-21T23:48:00.002-02:002012-11-21T23:48:50.827-02:002012O mundo não vai acabar em 2012, o que realmente acontece é: só vai para 2013 quem conseguir suportar e sobreviver à merda que esse ano tem sido.<br />
<br />
Superando 2009 com classe, aliás. Deve ser, sei lá, retorno de Saturno da Terra. Só isso explica.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-41136194917886408642012-10-10T04:04:00.001-03:002012-10-10T04:04:06.577-03:00ConstataçãoE é sempre suficientemente triste quando aquela pessoa que você ama passa ser alguém que você mal conhece.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-12724453847989003952012-09-11T18:20:00.000-03:002012-09-11T21:10:58.858-03:00O jardim do vizinho...Tá difícil ser eu, viu? Bom desde quando é fácil ser a gente mesmo?<br />
<br />
Fácil é a vida dos outros quando a gente olha pela janela.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-77209299934360499802012-07-03T02:08:00.003-03:002012-07-03T02:38:44.709-03:00<div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
Fossem os teus olhos a guiar meu caminho e tenho certeza que jamais me perderia. Fôssemos apenas eu e você no mundo e os silêncios não seriam incômodos. A tua mão nas minhas costas seria como uma nuvem encostando na bordinha do céu. Os meus caminhos seriam os teus e eu saberia sempre onde estou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Mas somos eu, você e o resto do mundo</span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"> brincando de cabra-cega sem nunca encontrarmo-nos. Eu e você, com um mundo no meio puxando cada qual para um lado. São décadas distintas que nos dividem em dois blocos. União Soviética e Federação Russa. Ou uma guerra fria dentro de mim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Sou eu nadando no rio gelado do tempo em pleno inverno, tentando chegar a outra margem para te encontrar, e quanto mais bato os braços, menor é a minha capacidade de sair do lugar. </span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">~~~ </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Te amar é difícil. Têm arestas nas quais eu esbarro e que tiram sangue da minha pele desgastada. Te amar é difícil, complicado e cheio de detalhes como a Rach 3 que eu jamais saberei executar, embora seja tão bonito quanto. Precisa de mãos grandes, hábeis e muita destreza para tocar nota por nota naquela metade do primeiro movimento. Eu sempre erro tom, eu sempre desafino, e nunca consigo acompanhar a tua melodia. Chego tarde demais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Te amo em maiúsculo, menina.</span></div>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-69559036022742231222012-04-02T19:56:00.004-03:002012-04-02T20:04:32.463-03:00Inconfissões V<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><span style="font-size:78%;">"Ignorar teu choro e só cuidar de mim"</span><br /><span style="font-style: italic;font-size:78%;" >Chico Buarque - Uma canção desnaturada</span><br style="font-style: italic;"></div><br />Preciso de um lugar que seja meu, para que possa construir, ainda que sozinha, uma vida que seja minha. Aqui não encontro mais espaço, e não são os livros que ocupam a maior parte de tudo, tampouco o quarto apertado em que vivo. Nunca pertenci a esse lugar e parece que como tempo a sensação de não-pertencimento continuou crescendo. Não sou daqui e, além disso, peso. Peso no ombro alheio, nas vistas alheias. Peso em um ambiente no qual não me encaixo.Embora tenho feito morada dentro de mim, as paredes começam a se mostrar gastas e parece que a casa que já sustentou tanto está prestes a ruir.<br />Não pertenço. Não me pertenço quando aqui dentro estou. E todo dia a vontade é de não regressar. Seja por falta de coragem, falta de impulso, vou restando. E, claro, pagando o preço. Ocasionalmente sinto-me amarga. Confrotada, criatura reconhece em si o próprio criador. E dói. e faz-me ainda mais amarga. Fechada. Hermética. Incapaz de dividir a aflição. Não sei ao certo o que de torpe ainda me prende aqui. O sibilar da serpente talvez. Resto em um ambiente em que não me reconheço. E parece que sou cada vez mais eu, dentro mim. No entanto todos os dias em que me olho no espelho vejo menos de quem sou.<br />Não quero um lugar para recomeçar. Quero um lugar para ser. Para que possa existir do modo que nunca pude. Para que possa ser além de mim, aquém daqui. E, que se quiser ser nós também possa. Quero existir sem medo de me tornar criador. Desfazer o vínculo que se outrora alimentava, agora só é capaz de produzir veneno. Quero-me pura. Ímpia. O silêncio dentro de mim. O cessar das vozes.<br />Quero poder ouvir o som do meu próprio silêncio, encontrar em mim o que não é inferno. Quero existir para além dos meus limites. Para além de todas as vozes que me dizem e sempre me disseram não.<br /></div>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-61479956593053176532012-03-28T22:39:00.000-03:002012-03-28T22:40:00.200-03:00<span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Ah, Pessoa que sabe de tudo, tudo:</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">"<span class="Apple-style-span" style="font-size: 14px; line-height: 16px; ">Há sem dúvida quem ame o infinito,</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: 14px; line-height: 16px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Há sem dúvida quem deseje o impossível,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Há sem dúvida quem não queira nada —</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Porque eu amo infinitamente o finito,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Porque eu desejo impossivelmente o possível,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Ou até se não puder ser...</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; "></p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">E o resultado?</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Para eles a vida vivida ou sonhada,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Para eles o sonho sonhado ou vivido,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Para mim só um grande, um profundo,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Um supremíssimo cansaço,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Íssimo, íssimo, íssimo,</p><p style="min-height: 1.2em; height: auto !important; margin-top: 0em; margin-bottom: 0em; padding-left: 8em; text-indent: -8em; ">Cansaço..."</p></span></span>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-5531833193539182612012-03-25T18:48:00.004-03:002012-03-25T20:27:05.342-03:00"It's a very, very mad world, mad world"<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:78%;">"(...) <span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); line-height: 14px; font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;">no meio do inferno procurar e saber reconhecer o que não é inferno, fazê-lo durar, dar-lhe espaço".</span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;font-size:78%;color:#333333;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); line-height: 14px; font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;font-size:x-small;">As Cidades Invisíveis, Italo Calvino.</span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O último mês passou. Para mim o tempo se travestiu e 31 dias pareceram um ano. Foi pesado, duro, difícil, dolorido. Foi a prova de que o difícil mesmo é tentar fazer tudo do modo correto. Quer ser decente exige muito, que a paz do justos não é tão pacífica assim e nem chega de maneira rápida. Ser honesto é uma conquista, não se deixar corromper, não sucumbir ao mínimo custa muito. E se esse é o preço a se pagar, tudo bem, que venham me cobrar. Os dias têm sido. Apenas isso. Eu conto e risco na folhinha do calendário. Um dia a menos, um dia a mais. E sinto falta, aquela ausência que se faz no meio de tanta presença, sabe? Ausência: aquela presença que significa como disse a Norma uma vez.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim, tenho vivido às prestações, aos bocadinhos, um dia de cada vez, esperando que amanhã eu possa segurar na tua mão,sair pra tomar café com você, te olhar sem ter que me precaver com o olhar alheio. Esperando que possa ter o simples, as coisas miúdas que significam tanto e que quando estou ao teu lado significam ainda mais. </div>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-19540839261235236492012-02-27T12:47:00.001-03:002012-02-27T12:47:56.452-03:00não conheço a palavra desistir.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-21791638054736651602012-02-25T23:31:00.001-02:002012-02-25T23:31:49.066-03:00Como se o necessário silêncio da janelinha me matasse um pouquinho mais. Um dia a menos, espero eu.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-46019941557343112692012-02-07T23:35:00.002-02:002012-02-07T23:35:45.595-02:00Ímpar em mundo de par. Só para me lembrar o que eu, por descuido, esqueci por um tempinho.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-24238993488066552052012-01-27T00:41:00.001-02:002012-01-27T00:42:17.749-02:00Custa os olhos, custa o coração, custa o peito não tão forte ser adulto. Mas é preciso sê-lo. Para o bem e para o mal.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-46968649622246533222011-12-26T14:08:00.000-02:002011-12-26T14:09:12.887-02:00Você, para mim, é um verbo intransitivo.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-27618073232336776772011-12-16T00:23:00.003-02:002011-12-16T01:11:18.904-02:00"Apprendre et se taire en casser parfois."<div style="text-align: justify;">Uma quantidade de palavras que quero exorcizar dentro de mim mas que surgem deveras rápido, misturam-se e as perco. Não que haja muito a ser dito. Não há. Os silêncios sempre falam mais, dizem tudo de modo tão claro que não existe a menor possibilidade de desmenti-los. Mas todas essas palavras não ditas, todo o léxico que colecionei só para falar de ti, tudo isso, minha cara, tudo isso tão perdido em mim, tão afoito, querendo significado e significante, desejoso de sair e pedir por aquilo que não se deve. Tomar forma. E enquanto isso, morro engasgada em silêncios quando você surge sem avisar. Não aprendi a não dizer aquilo que se deve e por isso caminho por aí cometendo sincericídios. Falando de corda em casa de enforcado e sufocando com todas essas palavras que quero dizer. E te abraçar, menina, e receber teu abraço de peito aberto sem que me quebre por dentro, sem que destrua todas as minhas defesas e depois parta, me deixando engasgada e sufocada de ti.</div>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-46057571666521728512011-11-16T17:19:00.001-02:002011-11-16T17:21:50.729-02:00<span style="font-weight: bold;">Fevereiro</span><br /><br />Quando desisto é que surges<br />Quando ruges é que caio.<br />Quando desmaio é que corres<br />Quando te moves me acho<br />Quando calo me curas<br />E se te misturo me perco<br /> (assobia!)<br /><br />Ana C.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-15692700754054939762011-11-14T16:18:00.003-02:002011-11-14T17:08:26.510-02:00Incofissões IV<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">"</span><span style="font-style: italic;" class="st"> E <em>il naufragar</em> m'<wbr>è <em>dolce in questo mare"</em></span><br /><span style="font-size:78%;">Leopardi</span><br /></span></div><br />Eu já morri uma vez, e era doce. Doce como quando você entrava no mar e me deixava te observar do canto da praia com areia no pés e os olhos sem conseguir desviar das tuas costas largas. Era o tempo passando em câmera lenta e um mundo novo se construindo dentro de mim. Te ver nunca foi para os fracos. Sempre exigiu coração forte, segurança de pedra. Além de toda uma concentração para conseguir voltar a ver o mundo depois de você. Depois. De. Você. Eu já morri uma vez. Foi quando você se desmanchava em meus braços numa madrugada perdida. E depois do silêncio, seguir sem você.<br /></div>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-32669705256766021692011-11-06T23:34:00.002-02:002011-11-06T23:37:30.255-02:00Eu quero o simples. E isso tem parecido cada vez mais difícil. Domingos com café da manhã na varanda do apartamento e um amor tranquilo. Combinação tão difícil quanto os números da mega acumulada. Enquanto isso a gente vai sonhando.Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-15395216623115503542011-10-29T01:21:00.001-02:002011-10-29T01:23:32.719-02:00Então, Laura Pausini, né? Não tem como cansar. Foi bom vê-la, abraçá-la. Foi bom ver que ainda tem muito de mim no que ela canta, ainda que não seja nas canções novas. :]Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-44981708544460809282011-10-14T02:36:00.003-03:002011-10-14T02:39:12.234-03:00<div style="text-align: justify;">E tem esse episódio final da Sexta Temporada. Há um momento em que a Cuddy fala pro House que todo mundo superou e seguiu em frente, ele é o único que ainda está no mesmo lugar. Então.<br /><br /> <iframe src="http://www.youtube.com/embed/YSbCnq63zHM" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="460"></iframe><br /></div>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-20036808132722672492011-10-13T02:56:00.002-03:002011-10-13T02:59:06.453-03:00Porque ninguém deveria saber que eu penso em você dia sim e no outro também. E seu eu não digo o quanto ainda te penso, ninguém sabe, ninguém precisa saber. Mas eu penso. Penso assim sem pensar. Meio que sem querer.<br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/oJ3gLQFarig" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-62813448292832740352011-10-10T20:00:00.003-03:002011-10-10T23:45:04.865-03:00Aparentemente andei mentindo para mim nos últimos seis anos. Ou os sonhos antigos não deveriam voltar a aparecer.<br /><br />"Fiz de mim o que não soube<br />E o que podia fazer de mim não o fiz.<br />O dominó que vesti era errado.<br />Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.<br />Quando quis tirar a máscara,<br />Estava pegada à cara.<br />Quando a tirei e me vi ao espelho,<br />Já tinha envelhecido.<br />Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado."<br /><br />Álvaro de Campos - TabacariaLudmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4614967196341110457.post-30916398018543634772011-10-09T22:32:00.000-03:002011-10-09T22:33:26.380-03:00<div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(102, 102, 102); font-size: 13px; line-height: 19px; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><b>"Não vai ser em vão<br />Que fiz tantos planos<br />De me enganar<br />Como fiz enganos<br />De me encontrar<br />Como fiz estradas<br />De me perder<br />Fiz de tudo e nada<br />De te esquecer"</b></span></span></div><div><br /></div><div><br /></div><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/L4LuCFQ2Eo4" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ludmila .http://www.blogger.com/profile/11216732593306626633noreply@blogger.com0