Cé,
tenho saudade. Depois que as coisas terminaram eu nunca te disse, como tudo estava confuso para mim. Havia coisas que não conseguia entender e por mais que quisesse te contar não seria justo te machucar desse jeito. Não seria justo machucar mais do que já havia machucado. Depois de sete anos não conseguia entender como o amor podia ter mudado, se transformado mas a verdade é que quem estava se transformando era eu. E foi um peso muito difícil de carregar, de suportar. Por mais necessário que fosse terminar, era extremamente dolorido mudar o teu lugar na minha vida.
Naquela tarde de final de maio, tentei, em vão, te segurar na porta e pedir para que ficasse. Você foi embora e só soube depois, um ano depois, que tinha ficado na escada. Tive medo de começar de novo, de começar sem você. Por muito tempo continuei a te espiar pela janela, a ouvir o barulho do freio de mão deo teu carro, a tua voz chamando a Julie. As coisas estavam mudando, quase não nos falávamos e em boa parte porque eu não queria. O que você nunca soube, o que nunca te contei, é que falar com você sem poder ter você era realmente desgastante. Doído.
Agora eu consigo ver o quanto éramos pequenos quando tudo começou. O quanto eu cresci do teu lado, o quanto eu pude aprender. Você foi o primeiro, o único, você foi o melhor. Se eu sou uma pessoa um pouquinho melhor é porque você com toda a paciência para me mostrar que não precisava levar tudo tão a ferro e fogo.
Hoje já não olho tanto para janela, não ouço mais tua voz, não tenho mais o teu abraço, e nem o teu sorriso de menino bom, sempre o mais bonito e sincero. Mas tenho todas as coisas boas que você me trouxe. Tenho sete anos da minha vida, sete anos que fizeram de mim uma pessoa melhor e me mostraram o quanto você era bonito. Sempre mais.
Eu tive muita sorte. Nunca te disse, mas tive.
Um beijo na testa,
Lud
P.S.: "E você tem de ser a estrela derradeira, meu amigo e companheiro no infinito de nós dois" - Ninguém vai tirar essa canção da gente. : ]
tenho saudade. Depois que as coisas terminaram eu nunca te disse, como tudo estava confuso para mim. Havia coisas que não conseguia entender e por mais que quisesse te contar não seria justo te machucar desse jeito. Não seria justo machucar mais do que já havia machucado. Depois de sete anos não conseguia entender como o amor podia ter mudado, se transformado mas a verdade é que quem estava se transformando era eu. E foi um peso muito difícil de carregar, de suportar. Por mais necessário que fosse terminar, era extremamente dolorido mudar o teu lugar na minha vida.
Naquela tarde de final de maio, tentei, em vão, te segurar na porta e pedir para que ficasse. Você foi embora e só soube depois, um ano depois, que tinha ficado na escada. Tive medo de começar de novo, de começar sem você. Por muito tempo continuei a te espiar pela janela, a ouvir o barulho do freio de mão deo teu carro, a tua voz chamando a Julie. As coisas estavam mudando, quase não nos falávamos e em boa parte porque eu não queria. O que você nunca soube, o que nunca te contei, é que falar com você sem poder ter você era realmente desgastante. Doído.
Agora eu consigo ver o quanto éramos pequenos quando tudo começou. O quanto eu cresci do teu lado, o quanto eu pude aprender. Você foi o primeiro, o único, você foi o melhor. Se eu sou uma pessoa um pouquinho melhor é porque você com toda a paciência para me mostrar que não precisava levar tudo tão a ferro e fogo.
Hoje já não olho tanto para janela, não ouço mais tua voz, não tenho mais o teu abraço, e nem o teu sorriso de menino bom, sempre o mais bonito e sincero. Mas tenho todas as coisas boas que você me trouxe. Tenho sete anos da minha vida, sete anos que fizeram de mim uma pessoa melhor e me mostraram o quanto você era bonito. Sempre mais.
Eu tive muita sorte. Nunca te disse, mas tive.
Um beijo na testa,
Lud
P.S.: "E você tem de ser a estrela derradeira, meu amigo e companheiro no infinito de nós dois" - Ninguém vai tirar essa canção da gente. : ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário