sábado, 11 de abril de 2009

Um corpo inteiro

A gente faz o que quiser: um conto, um corpo, um beijo louco na tua mão, entre os teus pés. A gente faz o que eu quiser: a tua boca e um só gosto no nosso corpo. O teu gosto no meu corpo, teu cheiro na minha boca, e assim seguimos rumo ao inferno, ao céu, ao paraíso. A gente faz o que teu corpo diz, numa extrema indecência de ser feliz. E assim a gente se perpassa, se amassa, faz silêncio, se abraça. A gente se confunde e se funde.
Querer você agora já não é desejo, é imposição desse meu corpo tão adicto do teu, já virou condição de existência pro meu coração desajustado, descompassado, despreparado, um frenético, perfeitamente alucinado dos beijos teus. Aquele beijo que encosta na minha alma, que atiça, assanha, acanha e acalma.
Porque ali, quando sou eu em você, quando é você em mim, e a gente já não pode mais se distinguir, a perfeição parece qualquer coisa falha, nem na mais perfeita acepção poderia existir um caso assim.
A gente soma, retoma, reconta. Refaz, aos poucos, a via crucis louca dos nossos corpos, e entrega a alma, e renega a calma. Num gesto súbito, na intenção da tua mão na minha mão o corpo acalma, a voz enlaça, a alma abraça, enquanto eu me vejo mansamente embriagada, completamente apaixonada e pra sempre jogada a teus pés.


Antigo esse meu texto, com algumas alterações.

2 comentários:

  1. Uhu!! Quanta volúpia ardente, Lud !! rs

    გ The best is yet to come

    bjs

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  2. já percebeu que tá lindo ou eu vou ter que dizer de novo pra você voltar a negar?

    foda, cara! você é foda!

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