quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009

Dizer adeus. E outra vez. Blog. Caixa da verdade. Aravessar estado e estado. Varanda de apartamento. Lagoa. Pão de queijo queimado. Topo do mundo. 3x3. No fim 2x2. Rien de rien. Dizer adeus de novo. Tapa na cara. Troco. O quarto do filho. Cinco chopps e uma stella. Melodia. Amor de mãe. De filha. De prima e sobrinha. Sobrinho. Mia Couto, Saramago e Lobo Antunes. Portas fechadas. Abertas. Ray-ban, disney e América. Cabelo branco. Dançar colado. Amigos. Café. Cigarro. Calvino e Ana Cristina enterrada (ou quase). M.. Jantar de terça. De domingo. Telefonemas de quarta à noite. Choro, muito choro. Rafael. Amar. Aprender. Dizer adeus. Sorriso largo e lindo. Camisas polo. Paixões platônicas. E não platônicas. Twitter. Almodóvar e Tudo sobre minha mãe. Um mês na cama. Vinte-e-quatro. Ariosto. Depeche e Killers. Joelho rasgado. Cicatrizes. Palmeiras. Badminton. Carrinhos. Pateta. Hospital. Medo. Casamento. Silêncio. Francês. Italiano. Russo. Gato. Cachorra. Iô-iô. 25-quase-trinta. E sorrisos apesar de tudo.

Que venha 2010 e que seja infinitamente melhor que 2009.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Preciso voltar e olhar de novo aqueles dois quartos
vazios.

Ana Cristina Cesar

Se teve alguma coisa ali era o vácuo, aquilo que, mesmo quando não está, faz-se mais presente que todas as coisas que realmente estão. Nem eu, nem você, nem ele ou todos os outros incomodaram ou se fizeram notar mais que as ausências. "A ausência é uma presença que significa" não lembro quem disse, talvez a Norma. De qualquer maneira, faz sentido como nunca.
O silêncio pesado à mesa, e todo o esforço para que não se desse nome ao peso. Em vão, convenhamos. Como também devemos convir que forçosos e falhos foram os sorrisos e a tentativa de tornar a unir um elo definitivamente partido. Mas tudo bem, tudo bem, a gente engole a dor com vinho seco e manda a vida seguir.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Se eu tenho alguma coisa pra dizer desse ano é que ele foi, sem dúvida alguma, o ano do engano, principalmente no campo amoroso, uma coleção de engodos, um atrás do outro.
Esperemos que 2010 seja um pouquinho menos pior e que a minha síndrome mulher-manicômio nem dê sinais!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

É sempre uma tortura chinesa, sempre falta fôlego, ar e o peito aperta.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Triste dia o de hoje. Triste.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sorriso no canto da boca, sangue e sarcasmo. Não, eu não mereço o céu e, não, meu bem, você não me conhece. A tua verdade contra a minha. E como aqui o jogo é meu. Eu ganho.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Eu havia me esquecido que com você era sempre pisar em ovos. E as surpresas que possivelmente eu tentava fazer poderiam acabar em guerra. É. Sem romantismo. O ciúme, o sufoco, a voz abafada. Depois os sonhos que não eram meus. A cama fria. A minha. A sua. Eu havia me esquecido de tudo isso.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir os nãos que a vida te enfia pela goela abaixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezado-como-um-cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar um café e continuar".

Caio Fernando Abreu

Eu amo isso. Amo.
Nem importava o lugar, tempo, espaço. Não importava, não, desde que tudo ficasse realmente em calmo e em paz. Enquanto isso vamos brincando de ser estóicos. E continuamos esperando Kairós. Porque, no fim, são poucas as coisas que realmente valem a pena. E silêncio, por favor. Um silêncio grade e bom, não esse silêncio pesado de todas as madrugadas.