segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Você, para mim, é um verbo intransitivo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"Apprendre et se taire en casser parfois."

Uma quantidade de palavras que quero exorcizar dentro de mim mas que surgem deveras rápido, misturam-se e as perco. Não que haja muito a ser dito. Não há. Os silêncios sempre falam mais, dizem tudo de modo tão claro que não existe a menor possibilidade de desmenti-los. Mas todas essas palavras não ditas, todo o léxico que colecionei só para falar de ti, tudo isso, minha cara, tudo isso tão perdido em mim, tão afoito, querendo significado e significante, desejoso de sair e pedir por aquilo que não se deve. Tomar forma. E enquanto isso, morro engasgada em silêncios quando você surge sem avisar. Não aprendi a não dizer aquilo que se deve e por isso caminho por aí cometendo sincericídios. Falando de corda em casa de enforcado e sufocando com todas essas palavras que quero dizer. E te abraçar, menina, e receber teu abraço de peito aberto sem que me quebre por dentro, sem que destrua todas as minhas defesas e depois parta, me deixando engasgada e sufocada de ti.