sábado, 26 de setembro de 2009

Da vida

Você vai acender um cigarro, vai pedir uma cerveja e em cada trepada barata vai lembrar de mim. Vai lembrar que ninguém sabe tocar o teu corpo como eu e te fazer sentir tudo o que eu fiz. Não é orgulho, não, é só certeza. Aí você pedirá outra cerveja, vai fumar um maço pra compensar o prazer que ninguém mais sabe dar. E vai chorar entre garrafas vazias e cinzeiros cheios, vai lavar a mesa com sua dor barata que ninguém mais quer comprar embora você ainda insista em vender. Num boteco de luz amarela e gente decadente você vai mostrar toda tua miséria, essas misérias que no fim são de todos, misérias humanas. Vai dizer que vaga sem sentido a procura de alguma coisa que te complete, apesar de saber que todas as coisas que existem são poucas demais para te preencher.

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