quinta-feira, 26 de novembro de 2009

La noia, la noia, la noia

Então o Leopardi disse que somos um bando de eternos insatisfeitos e, portanto, passamos a nossa vidinha medíocre oscilando entre prazer e dor. É claro que o prazer é raro e nunca bom o suficiente quanto o desejo primevo, a dor, no entanto, é constante. Entre esse prazer nunca suficientemente satisfeito e essa dor incomoda existe a noia, o tédio, que seria a ausência dos dois elementos ali de cima, e como o Leopardi era bastante otimista (sic) ele diz que a noia é a condição que constitui a maior parte da existência humana. Falando de um modo mais grosseiro do que o que já estou, para o italianinho aí, nós temos um desejo primitivo que nunca, eu disse nunca, vai ser satisfeito e é por isso que sofremos. Há os desejos que nos movem mas que, quando se realizam, não nos completam da maneira que imaginavamos e por isso, mais uma vez, sofremos. No meio dessa novela mexicana fica o tédio que é o nosso desejo de felicidade, de prazer, é quando a alma permanece num estado penoso no qual não há prazer nem dor.

Tuuuuuuudo isso pra dizer que eu não tô reclamando, mas o Leo tinha razão, mesmo quando tá bom, tá ruim.

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