segunda-feira, 8 de março de 2010

E foi no paraíso que eu encontrei o inferno

Gosto do barulho da chuva quando bate no telhado de alumínio. Acalma porque os pingos parecem feri-lo e assim aproximamo-nos. Gosto dessa sensação de suposta calmaria interna e confusão extenuante do lado de fora, mesmo que o real não seja isso ou não seja tão somente isso. Os olhos doem e a vida arde. Ou seria o contrário? No fim, tudo a mesma coisa. E nada. Gosto do chão molhado e do cheiro da chuva que molha o gramado. Na verdade eu gosto mesmo dos clichês. Você tem razão. Mas não gosto do teu sentimento querendo ser maior do que o meu. E das verdades que insistem em se tornar mentiras. Não gosto dos dias em que me sinto pária na vida. E por assim dizer já é de se imaginar que não são muitos os dias dos quais gosto. Entretanto o silêncio é bom. Se não fosse por todo esse barulho aqui dentro. E por isso não há silêncio que baste. Gosto desse lugar. E se tivesse alguma maneira de te fazer entender o quanto eu gosto de você juro que faria.

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