terça-feira, 23 de novembro de 2010

#HOMOFOBIANÃO e #NOH8

NOH8

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Eu não sou uma grande militante da causa homossexual, mas não é possível continuar calada depois de todas essas manifestações homofóbicas do último mês. Tem dia que é difícil ser gay, saber-se gay, e assumir essa posição para o mundo. Tem dia que cansa ter que viver a vida que os héteros dizem ser a certa. Tem dias que cansa se policiar em alguns lugares para que as pessoas apenas se questionem a respeito da sua opção sexual (sic) e não tenham, de fato, certeza. Eu sou gay, não agrido nenhum hétero e, no fim, são os meus iguais que acabam sendo agredidos enquanto caminham na rua. Será mesmo, meu povo, que somos nós, os homossexuais, as aberrações (já que vocês tanto gostam dessa palavra)?
Por que é tão necessário esse regime de segregação? Por que insistem tanto que é uma opção quando, na realidade, ninguém optou por nada. Ninguém quis ser gay. É tão clichê e tão simples, é só uma questão de amor. É uma questão de se apaixonar por alguém e, NOSSA QUE HORROR, ser alguém do mesmo sexo que o seu. Por que é tão difícil de compreender isso? Então o Deus de vocês vai me condenar eternamente por ser gay, não importa o quão honesta, correta eu seja na minha vida, é isso? Que direito essas pessoas têm de julgar o meu padrão de vida? Eu que pago as minhas contas, trabalho, estudo e tenho uma vida muito menos promíscua que muito hétero por aí? E agora, como faz?
Esse tipo de gente confude tudo, subverte conceitos, acredita apenas no que está inscrito dentro do próprio mundinho. Esse tipo de gente não sabe como é preciso ter peito, ter coragem para andar de mão dada com a namorada na rua sob os olhos arregalados dos outros, sob cutucões "discretos" que todos percebem, como se diante deles estivesse a coisa mais estranha do mundo e não um casal que paga a suas contas e se ama. É preciso que esse nosso Estado Laico comece a tratar os gays como cidadãos de fato. É preciso que todas as pessoas tenham direito as mesmas coisas. Nós, os homossexuais, não queremos mais do que os héteros, só queremos os mesmo direitos. Percebem como é ridículo? A gente só quer o direito de ser igual. Enquanto nos enquadrarem, e enquanto deixarmos que nos enquadrem como cidadãos de segunda categoria viveremos em submundos escuros e diante de olhares de reprovação.




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