quarta-feira, 22 de julho de 2009

Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.


Carlos Drummond de Andrade



Então você levanta, junta o que sobrou, guarda em local escondido e distante para que o tempo faça o trabalho dele e vai seguindo e seguindo. Sem a mão mas com o coração ainda. Você já sabe jogar.

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