sábado, 28 de novembro de 2009

"Diga-me: quanto sangue será necessário para aplacar o seu silêncio?"
Marcos Siscar

Eu não sei o que você procura mas sei que aqui você não vai encontrar. Tenho andando insone, não durmo mais, passo as madrugadas em claro, em um estado meio comatoso porque não estou perfeitamente acordada ou profundamente dormindo. Por aqui a sede sempre vem de madrugada, e é preciso água, muita água para aplacar esse incêndio, já disse. Haja água. Litros de água. Enquanto isso, queima. Queima. Quanta água para aplacar a solidão? Para afogar a solidão? A boca seca, o corpo seco, a alma seca. É madrugada quando a sede vem. E não há água, não existe água capaz de dar conta dessa sede. Nem aquela que você me fez buscar quando supus que não havia mais controle.

Um comentário: