sábado, 9 de janeiro de 2010

Não, eu não vou desistir. Eu não vou desistir porque faz muito tempo que eu não me sentia assim. Não vou desistir porque quando coisas desse tipo acontecem a gente não desiste de primeira. Dragão que sou vou até o fim. Mesmo que doa, e dói, mesmo que não dê em nada. Esgotarei todas as possibilidades e vamos ver o que será. Eu não vou jogar tudo fora, mesmo que esse tudo seja um nada. "O nada que é tudo".
Eu tô aqui, esperando sem esperar, contando os dias para acabar os meses, três, hoje faz três. Se vai doer? Provavelmente. Mas nada que valha a pena vem sem doer. E isso tudo parece um grande discurso de auto-ajuda. As única coisa que tenho, a única arma que eu tenho são as palavras que eu posso usar e elas não valem nada, não vão me trazer o que eu quero.
De repente um segundo já faz tudo valer a pena. O pedaço de um paraíso quando o cabelo é solto, quando me olha nos olhos, quando ri de uma piada besta que eu conto depois de cinco copos de cerveja. Cala a minha boca. Cala a minha boca como calou da primeira vez que te vi. Cala a minha boca sem ser com esses silêncios constrangedores. Cala a minha boca do jeito mais legal que existe de calar a boca de alguém. Se tem 0,01% de possibilidade de ser, eu tô aquim eu tô aqui tentando ser e por aqui ficarei. Eu assino o atestado de pateta. E tô aqui escrevendo tudo o que não deveria escrever. E toca "In your room", e toca de novo e de novo e de novo. Toca porque é exatamente isso:

"I'm hanging on your words
Living on your breath
Feeling with your skin
Will I always be here?"

É exatamente assim.


E esse é todo o discurso que não será lido, que não será sentido, que simplesmente não será, embora seja inteiramente verdade. E se eu não durmo a minha insônia tem um único nome, um único sentido. Sim, eu penso demais. DEMAIS.

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